quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bom Ano de 2011!

Para isso fomos feitos:

Para lembrar e ser lembrados

Para chorar e fazer chorar

Para enterrar os nossos mortos —

Por isso temos braços longos para os adeuses

Mãos para colher o que foi dado

Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:

Uma tarde sempre a esquecer

Uma estrela a se apagar na treva

Um caminho entre dois túmulos —

Por isso precisamos velar

Falar baixo, pisar leve, ver

A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer:

Uma canção sobre um berço

Um verso, talvez de amor

Uma prece por quem se vai —

Mas que essa hora não esqueça

E por ela os nossos corações

Se deixem, graves e simples.

Pois para isso fomos feitos:

Para a esperança no milagre

Para a participação da poesia

Para ver a face da morte —

De repente nunca mais esperaremos...

Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

VINICIUS DE MORAES


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Adoro livros!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Me gusta leer!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Coitado do Peru...


Um Figurão

-Para a mesa é que eu não vou! –
Dizia o peru
A fazer Glu Glu.
-Prefiro uma pinguinha
De aguardente,
À tardinha.

E lá caiu na esparrela
De beber a aguardente
E apanhar “uma piela”…
Boa mão o temperou,
Belo forno o assou.
Fez na mesa um figurão!

In “O Livro do Natal” Menéres, Maria Alberta

Uma leitura saborosa para as férias...


O Menino Nicolau

Já chegou à Biblioteca da nossa Escola e há muitos exemplares deste livrinho magnífico!

O menino Nicolau, criado por Goscinny e ilustrado por Sempé, é uma obra humorística. Retrata o tempo em que ir à escola era uma coisa que metia medo aos alunos. Com várias histórias, o menino Nicolau consegue explicar aos adultos que é um menino como todos os outros, que a escola onde ele estuda é como todas as outras e que os meninos também são como todos os outros.

Cada um tem a sua característica, um está sempre a comer, outro está sempre a dar murros no nariz, um está sempre a ser sempre egoísta com os seus brinquedos muito caros, outro acha-se o melhor no desporto, outro é o melhor aluno e o preferido da professora e ninguém lhe pode bater por causa dos óculos, outro é o mais velho, portanto acha que pode mandar em todos…

In "O menino Nicolau" de Sempé e Goscini

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os tempos mudam...o sentimento é o mesmo!

Quando a tecnologia se impõe demasiado nas nossas vidas...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Manoel de Oliveira completa 102 anos de vida


Nascido a 11 de Dezembro de 1908, Manoel de Oliveira completa hoje 102 anos de vida, continuando, por isso, a ser considerado o realizador mais velho do mundo ainda em funções.

Domingo, o cineasta estará presente no Festival de Cinema Luso-Brasileiro, em Santa Maria da Feira, onde será homenageado com a apresentação do seu filme “O estranho caso de Angélica”.

Manoel de Oliveira estreou-se como realizador aos 23 anos, com a curta-metragem “Douro, faina fluvial”, feita com a câmara de filmar oferecida pelo pai. Em 1942 apresenta ”Aniki-Bóbó”, um retrato de infância da Ribeira do Porto. No seu espólio inumerável de filmes, contam-se, ainda, “Amor de Perdição” (1979), “O Quinto Império – ontem como hoje” (2004) e “Singularidades de uma rapariga loura” (2009).

Agora, aos 102 anos, o mais famoso cineasta português diz que ainda tem muitos projectos para realizar. Quinta-feira passada, na apresentação da sua curta-metragem “Painéis de São Vicente de Fora, visão poética”, Manoel de Oliveira disse não saber o que esperar do século XXI: «Só sei que não chego ao fim dele».

O trailer de um dos seus filmes, "A Carta"

Conheces Alfred de Musset?


Alfred de Musset (1810-1857)

Alfred de Musset, dramaturgo, poeta e novelista francês, nasceu há 200 anos em Paris, precisamente a 11 de Dezembro de 1810. Faleceu neste mesmo local, 47 anos depois.

Alguns pensamentos de Alfred de Musset:

É que a sabedoria é um trabalho, e sermos apenas sensatos custa muito, pois para se fazerem asneiras basta deixarmo-nos ir.
Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.
O cristianismo derrubou imperadores, mas salvou povos.
O homem é um aprendiz, a dor é a sua mestra, / E ninguém se conhece enquanto não sofreu.
Os velhos doidos são mais doidos do que os novos.
Nada é tão bom como o amor, nem tão verdadeiro como o sofrimento.
A vida é um sono de que o amor é o sonho, e vós tereis vivido se houverdes amado.
Ao bater com a cabeça contra as paredes, apenas conseguiu «galos».
Plantar couves é imitar alguém.
Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.
Saboreiem do amor tudo o que um homem sóbrio saboreia do vinho, mas não se embebedem.
A mulher que quer rejeitar responde apenas não. A mulher que explica quer que a convençam.
Nada nos engrandece mais do que uma grande dor.
Os grandes artistas não têm pátria.
A única linguagem verdadeira no mundo é o beijo.
Na falta de perdão, abre-te ao esquecimento.
O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.
Pintar significa sofrer, mas sofrer significa conhecer.
Vive mal quem só vive para si.

Dia mundial dos direitos humanos


"Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. "
Artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Celebra-se hoje, dia 10 de Dezembro, a adopção em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A Declaração nasceu em resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus, comunistas, ciganos e homossexuais e também às bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagazaki, matando milhares de inocentes.

Passados 58 anos da adopção desta declaração, continuamos a conviver diáriamente com imagens como estas...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

John Lennon morreu há 30 anos



Depois do seu assassinato, na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova York, John Lennon tornou-se lenda e símbolo de uma época, continuando a ser tema de livros e filmes aos 30 anos da sua morte.

domingo, 5 de dezembro de 2010


Ainda vamos a tempo de aprender por que se comemora o Dia da Restauração da Independência


• Como deves saber, o dia 1 de Dezembro é feriado em Portugal. Nesse dia comemora-se o Dia da Restauração da Independência.
• Queres saber porquê?
Tudo começou em finais do séc. XVI: o rei de Portugal era D. Sebastião.
• Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África. Portugal ficou, assim, sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e ainda não tinha filhos, não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
• Assim, quem subiu ao trono foi o Cardeal D. Henrique, que era tio-avô de D. Sebastião. Mas só reinou durante dois anos porque nem todos estavam de acordo com ele como novo rei.
Mas atenção: estas coisas nunca são simples, houve muitos pretendentes e isto deu muita confusão...
• Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de Portugal. A razão para a escolha foi simples: Filipe II era filho da infanta D. Isabel e também neto do rei português D. Manuel, por isso tinha direito ao trono.
• Nesta altura, era frequente acontecerem casamentos entre pessoas das cortes de Portugal e Espanha, o que fazia com que houvesse espanhóis que pertenciam à família real portuguesa e portugueses que pertenciam à família real espanhola.
• Durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como "Domínio Filipino". Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como um só país.
• Os portugueses acabaram por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de Dezembro de 1640, puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só para derrubar o rei e o seu governo).
• Sabias que havia também defensores do rei espanhol em Portugal? Mas o povo não gostava disso porque o País não era governado com justiça e havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas e, especialmente, ao Brasil.
• Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos era escrivão da Fazenda do Reino. Tinha imenso poder.
No dia 1 de Dezembro de 1640, os Restauradores mataram-no a tiro e foi defenestrado (atirado da janela abaixo) no Paço da Ribeira.
• Filipe III abandonou o trono de Portugal e os portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
• O dia 1 de Dezembro passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português.