segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fernando Pessoa nasceu há 123 anos

Fernando António Nogueira Pessoa, de nome completo, nasceu a 13 de Junho de 1888, em Lisboa e faleceu a 30 de Novembro de 1935, com 47 anos, de cirrose hepática.

Como poeta, Fernando Pessoa desdobrou-se em várias personagens e criou heterónimos como Ricardo Reis, Álvaro de Campos ou Alberto Caeiro, entre outros. Em virtude de ter vivido na África do Sul, entre os seis e os 17 anos, escreveu ainda em inglês. O crítico literário norte-americano Harold Bloom considerou a sua obra “legado da língua portuguesa no mundo”.


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O baile da Biblioteca

Bibliotecas com Ritmo

Queres conhecer uma biblioteca?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estudar " Os Lusíadas"

http://www.diigo.com/user/susanafrikh?domain=oslusiadas.no.sapo.pt

segunda-feira, 21 de março de 2011

"Essa Negra Fulô" de Jorge de Lima, uma delícia...








Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
no bangüê dum meu avô
uma negra bonitinha,
chamada negra Fulô.

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!

Essa negra Fulô!

Essa negrinha Fulô!
ficou logo pra mucama
pra vigiar a Sinhá,
pra engomar pro Sinhô!

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
vem me ajudar, ó Fulô,
vem abanar o meu corpo
que eu estou suada, Fulô!
vem coçar minha coceira,
vem me catar cafuné,
vem balançar minha rede,
vem me contar uma história,
que eu estou com sono, Fulô!

Essa negra Fulô!

"Era um dia uma princesa
que vivia num castelo
que possuía um vestido
com os peixinhos do mar.
Entrou na perna dum pato
saiu na perna dum pinto
o Rei-Sinhô me mandou
que vos contasse mais cinco".

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
Vai botar para dormir
esses meninos, Fulô!
"minha mãe me penteou
minha madrasta me enterrou
pelos figos da figueira
que o Sabiá beliscou".

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá
Chamando a negra Fulô!)
Cadê meu frasco de cheiro
Que teu Sinhô me mandou?
— Ah! Foi você que roubou!
Ah! Foi você que roubou!

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

O Sinhô foi ver a negra
levar couro do feitor.
A negra tirou a roupa,
O Sinhô disse: Fulô!
(A vista se escureceu
que nem a negra Fulô).

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
Cadê meu lenço de rendas,
Cadê meu cinto, meu broche,
Cadê o meu terço de ouro
que teu Sinhô me mandou?
Ah! foi você que roubou!
Ah! foi você que roubou!

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô.
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dêle pulou
nuinha a negra Fulô.

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
Cadê, cadê teu Sinhô
que Nosso Senhor me mandou?
Ah! Foi você que roubou,
foi você, negra fulô?

Essa negra Fulô!

terça-feira, 15 de março de 2011

21 de Março, dia Mundial da Poesia

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres Prémio Nobel da Literatura

Mulheres NOBEL Literatura

8 de Março, dia internacional da Mulher

Mulheres Nobel Paz

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Carnaval está aí!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O beijo na arte...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Eu gosto de livros grandes!

No Futuro será assim? A vida num ecrã...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Há 164 anos nasceu Thomas Edison



http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Edison

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Garrett e as contradições do amor...

NÃO TE AMO
Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma.
E eu n'alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett

Hoje é o aniversário do nosso grande escritor Almeida Garrett. Vamos conhecê-lo!


João Baptista da Silva Leitão de ALMEIDA GARRETT
(Escritor e Dramaturgo romântico)



1799 - João Baptista da Silva Leitão, nasce a 4 de Fevereiro no Porto.

1804-08 - Infância repartida pela Quinta do Castelo e a do Sardão, em Vila Nova de Gaia.

1809-16 - Partida da família para os Açores, antes que as tropas de Soult entrassem no Porto. Primeiras incursões literárias, sob o pseudónimo de Josino Duriense.

1818-20 - Matricula-se na Universidade de Coimbra, em Leis. Lê os escritores das Luzes e os primeiros românticos. Funda, em 1817, uma loja maçónica. Em 1818, primeira versão de "O Retrato de Vénus", que será acusado como sendo "materialista, ateu e imoral". Participa na Revolução vintista. Vem para Lisboa.

1822 - Dirige, com Luís Francisco Midosi, "O Toucador, periódico sem política, dedicado às senhoras portuguesas". Casa com Luísa Midosi: Garrett tem 23 anos, ela 14...

1823-27 - Com a Vilafrancada, é preso no Limoeiro. Vai para o primeiro exílio em Inglaterra, Birmingham. Vive numa precária subsistência. Em 1824, está em França, no Havre. Escreve "Camões" e "Dona Branca". Em Dezembro, fica desempregado. Com a morte de D. João VI, em 1926, é amnistiado mas só regressa a Portugal depois da outorga régia da Carta Constitucional por D. Pedro.

1828 - D. Miguel regressa a Portugal. Garrett, que vê morrer uma sua filha recém-nascida, parte para o segundo exílio, em Inglaterra, Plymouth. Começa a escrever a "Lírica de João Mínimo".

1829 - Em Londres, é secretário de Palmela no governo exilado.

1830-31 - Edita o violento panfleto "Carta de Múcio Cévola ao futuro editor do primeiro jornal liberal em português", numa época marcada por duas crises de saúde graves.

1832 - Um ano de fogo: ao lado de Herculano e Joaquim António de Aguiar, parte em Janeiro, com a expedição de D. Pedro, integrando o corpo académico de voluntários. É o praça nº 72. Em Maio, é chamado para a secretaria do Reino junto de Mouzinho da Silveira, ministro da regência em S. Miguel. Integra em Junho a expedição que desembarca nas praias do Mindelo a 8 de Julho e, a 9, entra no Porto. Começa "O Arco de Santana". É reintegrado por Palmela e é nomeado por Mouzinho da Silveira para coordenar o Código Criminal e Comercial. É encarregue de várias missões diplomáticas, dissolvidas em 1993. Desabafa: "Se não sou exilado ou proscrito, não sei o que sou."

1833 - Regresso a Lisboa, depois de saber da entrada das tropas liberais. Secretário da comissão de reforma geral dos estudos cujo projecto de lei inteiramente redige.

1834 - Cônsul-geral e encarregado de negócios na Bélgica. Lê os grandes românticos alemães: Herder, Schiller e Goethe.

1835-40 - Separa-se da mulher por comum acordo. As nomeações, demissões e rejeição de cargos continua. Em 1936, colabora com o governo setembrista. Apresenta o projecto de criação do Teatro D. Maria II. Em 1837, é deputado por Braga, para as Cortes Constituintes. Em Novembro, nasce o primeiro filho de Adelaide Pastor - com quem começara a viver -, Nuno, que morre com pouco mais de um ano. 1838: enquanto continua a redigir leis, escreve "Um Auto de Gil Vicente". É nomeado cronista-mor do reino. Nasce o segundo filho de Adelaide, que também morrerá. Em 1840, é eleito por Lisboa e Angra na nova legislatura

1841-42 - Nascimento da sua filha Maria e morte de Adelaide Pastor com apenas 22 anos. Com a assinatura de Joaquim António de Aguiar (!), é demitido dos cargos de inspector dos teatros, de presidente do conservatório e de cronista-mor. Em 1842, é eleito deputado e entra nas Cortes. Publica "O Alfageme de Santarém".

1843 - 17 de Julho: inicia a celebérrima viagem ao vale de Santarém que na está na origem de "As Viagens da Minha Terra". Escreve a sua outra obra-prima: "Frei Luís de Sousa".

1844 - Publica anonimamente uma autobiografia na revista "Universo Pitoresco". No Parlamento, reclama a reforma da Carta Constitucional e revela-se contra a pena de morte. Por ocasião dos acontecimentos de Torres Novas e das posições que defende, a sua própria casa é por três vezes assaltada e devassada pela polícia. Salvo de prisão certa e deportação, graças à imunidade diplomática que lhe concede o acolhimento do embaixador brasileiro. Morre nos Açores a única irmã, Maria Amália.

1845 - Aparece em capítulos, em Junho, na "Revista Universal Lisbonense", "Viagens na Minha Terra". É representada "Falar Verdade a Mentir", enquanto outra, "As Profecias do Bandarra" se estreia. Envolve-se na campanha eleitoral da oposição ao cabralismo. Morre outro irmão, Joaquim António.

1846 - Publica "Viagens na Minha Terra". Conhece Rosa Montufar, com quem tem uma ligação amorosa que se prolongará até ao ano da sua morte.

1847-50 - Anda escondido no auge dos episódios da Patuleia. Com o regresso de Costa Cabral ao executivo, é remetido ao ostracismo político. No ano seguinte, é representado "A Comédia do Marquês". Em 1849, desgostoso de amores, passa uma breve temporada em casa de Alexandre Herculano, à Ajuda. A política passa-lhe ao lado e cultiva a vida dos salões lisboetas. Protesta contra o projecto de lei de imprensa, a designada "lei das rolhas". Dedica-se com regularidade à compilação final do seu "Romanceiro".

1851-53 - Volta, intensamente, à vida política com o advento da Regeneração. Visconde - que pretende aceitar em duas vidas -, chegou a ministro, por cinco meses. Está na reforma da Academia Real das Ciências, redige o primeiro Acto Adicional à Carta, que discute na própria casa com os ministros. Em 1953, é criado um conselho dramático no D. Maria II, por decreto de 22 de Setembro, foi seu presidente, demitindo-se a pedido dos actores e dramaturgos. Começa a escrever o testamento.

1854 - Numa casa na Rua de Santa Isabel, morre, vítima de cancro de origem hepática. O seu biógrafo Francisco Gomes de Amorim escreve: "Eram seis horas e vinte e cinco minutos da tarde de sábado nove de Dezembro de mil oitocentos e cinquenta e quatro."

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Para melhor estudar...

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ainda Luís Sepúlveda- "História da Gaivota e do Gato que a ensinou a voar"



HÁ MUITOS EXEMPLARES DESTE LIVRINHO MARAVILHOSO NA BIBLIOTECA ESCOLAR À TUA ESPERA...

"O Velho que lia romances de amor" . Procura-o na Biblioteca da escola!

Sabiam que no dia 27 de Janeiro se comemorou o dia do Holocausto?

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Book- A Revolução Tecnológica!"

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Que lindo é o nosso planeta...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Conheces o pintor Paul Cézanne? Ele nasceu há 172 anos...

Há 88 anos nasceu o poeta Eugénio de Andrade


Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Estudar O Tesouro

Descobri este grupo francês e adorei ...

Ouvir o conto "O Tesouro" de Eça de Queirós

Nas aulas do CEF 1, começámos a estudar Eça de Queirós

Dia de Reis com poesia...